A declara??o do presidente da Frente Parlamentar Evang?lica (FPE), deputado Jo?o Campos (PSDB-GO), de que o apoio a Antonio Palocci foi usado como barganha pelos religiosos contra o kit anti-homofobia do Minist?rio da Educa??o, provocou a rea??o do Diversidade Tucana, n?cleo de diversidade sexual do PSDB. O grupo vai acionar a dire??o do partido para questionar a postura do parlamentar. A ideia ? pedir uma posi??o da sigla sobre o caso.
A afirma??o de Campos foi feita durante entrevista a Terra Magazine, no dia 25 de maio, quando tamb?m informou que, ap?s reuni?o, as bancadas evang?lica e cat?lica haviam decidido "impor uma s?rie de condi??es". "Se o governo insistisse em manter o kit, bloquear?amos a vota??o na C?mara e apoiar?amos a convoca??o do (ent?o) ministro Palocci para dar explica??es", relatou na ocasi?o.
Por ora, o projeto Escola Sem Homofobia, que seria voltado para estudantes do Ensino M?dio de escolas p?blicas, permanece suspenso por determina??o da presidente da Rep?blica, Dilma Rousseff.
Para o articulador do Diversidade Tucana, Marcos Fernandes, o discurso do deputado n?o est? alinhado com os ideais defendidos pela legenda.
- A posi??o que ele coloca ? diferente da posi??o do pr?prio PSDB. Aqui, em S?o Paulo, por exemplo, temos uma delegacia de combate a crimes de intoler?ncia, que come?ou com M?rio Covas atrav?s de um grupo que combatia crimes de intoler?ncia ? diversidade. O Geraldo (Alckmin) transformou o grupo em delegacia. Temos conselhos criados pelo (Jos?) Serra, prefeito e governador. Temos ambulat?rios espec?ficos para travestis e transexuais. Aqui, foi aprovada uma lei que garante ao parceiro do funcion?rio p?blico o direito a pens?o em caso de falecimento. Quer dizer, s?o v?rias a??es que protegem a popula??o LGBT (l?sbicas, gays, bissexuais e transexuais), e vem o deputado e come?a a dizer coisas contr?rias ao que o pr?prio partido pensa.
O Diversidade quer que o partido se posicione. Fernandes diz que o grupo pretende ainda conversar com o presidente da FPE para "que ele, por ser do PSDB, ao falar como deputado, perceba a posi??o do partido".
- Ele declarou que, se a Dilma insistisse no kit, que deputado chama de "kit gay", eles (os parlamentares religiosos) iriam assinar a CPI do Palocci. O PSDB e o DEM ? que entraram com pedido de CPI. Como ele disse que pretendia negociar? - indaga.
Em post intitulado "O fundamentalismo avan?a, n?s trabalhamos para combat?-lo!", publicado no Blog Diversidade Tucana, Jo?o Campos foi chamado de "deputado no PSDB que aderiu ao obscurantismo e ? prega??o homof?bica como forma de se promover".
- Esse tipo de parlamentar est? se proliferando por todos os partidos do Brasil e n?s acreditamos que seja o papel dos secretariados LGBTs de cada partido agir de forma a esclarecer, informar e sensibilizar suas bancadas, para que argumentos populistas e falsos n?o prevale?am. Esse deve ser um objetivo comum a todos n?s, independentemente de filia??o ou prefer?ncia partid?ria. Felizmente, o deputado Jo?o Campos ? exce??o no PSDB, e n?o a regra - completa, apresentando, em seguida, nomes de parlamentares da sigla que apoiam o Diversidade Tucana, entre eles, o presidente do partido, deputado federal S?rgio Guerra (PE) e a senadora Marisa Serrano (MS).
O blog mostra tamb?m um v?deo com declara??o de apoio do governador de S?o Paulo, Geraldo Alckmin, e uma mensagem por escrito, assinada pelo senador A?cio Neves, de Minas Gerais.
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