
A carreira do fot?grafo Luiz Eduardo Achutti come?ou nos grandes jornais do pa?s, na ?poca da ditadura. Em 35 anos, por?m, o trabalho rumou para mais longe das not?cias - e da repress?o - nacionais. Cuba, Nicar?gua e Alemanha s?o alguns dos pa?ses que ele visitou e cujos retratos aparecem na exposi??o Percurso do Artista, em cartaz at? 29 de julho na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
A mostra re?ne 80 obras que representam momentos diferentes da carreira de Achutti, que tamb?m ? professor da Universidade. Em comum, as imagens tem o olhar centrado nas pessoas. S?o retratos do cotidiano que procuram revelar os h?bitos e diferen?as culturais. "Me aproximo muito da fotografia chamada documental", conta o artista. Doutor em Etnologia, se dedica a aproximar a fotografia da antropologia, suas duas paix?es.

Foto: Luiz Eduardo Achutti
Depois de passar alguns anos em jornais como a Folha de S.Paulo e o Jornal do Brasil no in?cio da carreira, Achutti decide viajar pelos pa?ses de regime comunista. "Um projeto que eu inventei pra mim, era uma vontade", conta. Em 1986, esteve em Cuba e, dois anos depois, na Nicar?gua, que vivia a Revolu??o Sandinista. Em 1989, passou pela Alemanha Oriental.

Foto: Luiz Eduardo Achutti
"Mas ent?o derrubaram o muro e meu projeto caiu junto", relata. Foi a? que rumou para a vida acad?mica. "Mas fot?grafo ? assim, mesmo sem trabalho continua sendo fot?grafo". Enquanto esteve na Fran?a para fazer seu doutorado, continuou os registros.
Ao final da exposi??o, todas as imagens ser?o publicadas em livro, junto com textos de Achutti.