De S?o Paulo
Sob olhares de 250 policiais militares, dispostos em um intimidador cord?o de isolamento e espalhados ao redor do Museu de Arte de S?o Paulo (MASP) - na Avenida Paulista -, cerca de 2 mil manifestantes se preparam para a Marcha da Liberdade. Vetada pela Justi?a na sexta-feira (27) ? noite, a manifesta??o ? uma resposta ? viol?ncia da pol?cia no s?bado passado. Apesar da criticada atua??o no protesto anterior, a PM adianta que se for necess?rio n?o abre m?o das bombas de g?s lacrimog?neo.
- Usaremos todos os meios necess?rios - adianta o capit?o Jos? Carlos de Brito.
Conforme informa o capit?o, "se a manifesta??o for somente pela liberdade de express?o, a inten??o ? s? acompanhar". E complementa: "Nossos homens foram orientados a coibir qualquer manifesta??o de incentivo ao crime". Crime, para o coronel, s?o cartazes, camisetas, qualquer coisa que fa?a, segundo ele, alus?o a drogas, por exemplo.
- Vamos agir como sempre atuamos durante as manifesta??es - diz, evasivo, o capit?o Brito.
Ele acrescenta para Terra Magazine que a "fun??o ? oferecer seguran?a e evitar acidentes, porque as pessoas se exaltam um pouco e esquecem como ? o tr?nsito de S?o Paulo". Os manifestantes est?o sendo filmados por policiais, que se posicionaram na escadaria do Museu. Uma central de monitoramento, instalada em furg?o, est? sendo usada pelos policiais. Margaridas e balas s?o distribu?das aos presentes e faixas com palavras de ordem pela livre manifesta??o foram dispostas no v?o livre do MASP.
Fernando Bizarri, 32, arquiteto d? a sua opini?o: "Vejo esse tipo de repress?o ? liberdade de express?o como algo sistem?tico e contra tudo que se oponha aos grupos que financiam o governo do Estado e suas campanhas eleitorais. Eles sobrep?em os interesses dos grandes grupos aos da popula??o.
Grupos LGBTs tamb?m estavam presentes, pedindo a criminalizar?o da homofonia. Luis Arruda, 34, participa da Frente Paulista Contra Homofobia: "? uma marcha pela liberdade, portanto, queremos a liberdade de manifestar a nosso amor e sexualidade, como qualquer outro cidad?o".
O escritor Marcelo Rubens Paiva criticou cord?o de isolamento feito pelos policiais. "Isso me fez lembrar as passeatas dos anos 1970. Rid?culo. ? para intimidar".
- Temos que nos unir contra a falta de liberdade de express?o, e contra manifesta??es autorit?rias e abusivas. Temos que ficar atentos.