A repercuss?o do s?bito aumento patrimonial do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, leva o l?der do Democratas na C?mara, Antonio Carlos Magalh?es Neto, a acusar um suspeito padr?o de conduta de membros do PT.
- Na minha opini?o, existe uma coisa muito clara: depois que Lula chegou ? Presid?ncia da Rep?blica, os petistas mudaram completamente o seu estilo de a??o, e muitos deles enriqueceram. Isso coincidindo com o per?odo de governo, n?o ? o caso apenas do Palocci.
O parlamentar baiano evitou se aprofundar sobre a transforma??o petista que ele detectou, mas citou dois exemplos de peso:
- A gente v? todos que passaram a ganhar dinheiro. O ex-ministro Z? Dirceu, o pr?prio presidente Lula e sua fam?lia. O presidente Lula agora, rodando o mundo e o Brasil, dando palestras a peso de ouro a empresas que foram beneficiadas no governo dele. Est? evidente. Isso, para n?o lembrar da ?poca do mensal?o - denuncia sem maiores detalhes, em conversa com Terra Magazine.
Em rela??o ? nova pol?mica de Palocci, ACM Neto ? um dos respons?veis por cobrar esclarecimentos.
- Estamos dividindo tarefas. No Senado, o l?der (do DEM) Dem?stenes Torres est? coordenando a provoca??o do Minist?rio P?blico para que possa apurar o que gerou esse enriquecimento do ministro Palocci. Aqui na C?mara, j? apresentamos um requerimento de convoca??o tanto do ministro quanto do presidente da Comiss?o de ?tica P?blica da Presid?ncia da Rep?blica, Sep?lveda Pertence. Para que o ministro possa explicar o que deu causa a ele, como homem p?blico, ter multiplicado 20 vezes em quatro anos seu patrim?nio.
O ministro Palocci no seu discurso de posse (foto: Ricardo Matsukawa/Terra)
Influ?ncia
Os limites entre p?blico e privado s?o o alvo dos questionamentos demistas.
- ? claro que ele pode ter atividades privadas. Isso n?o ? il?cito. Agora, ? preciso ter transpar?ncia na a??o dessa atividade privada, para saber o que est? por tr?s disso. Primeiro, qual ?, de fato, a atividade que essas empresas de consultoria prestaram e para quem elas prestavam, que empresas contrataram a empresa do ministro Palocci - analisa o l?der do DEM.
A apura??o do servi?o prestado seria dificultada pelo car?ter subjetivo que ele pode assumir.
- A gente precisa saber se a origem disso ? um trabalho da iniciativa privada l?cito ou se existe mais do que isso. A? reside a necessidade de obter mais explica??es - afirma ACM Neto. - Numa empresa de consultoria, cabe tudo. ? diferente, digamos, de ter uma concession?ria de autom?veis.
Ministro da Fazenda entre 2003 e 2006, Palocci havia coordenado a vitoriosa campanha eleitoral de Lula. No ano passado, repetiu a fun??o com Dilma Rousseff.
- Ele era deputado federal, tinha uma empresa, podia ser s?cio cotista de uma empresa. O problema ? que todo mundo sabe que o ministro Palocci ? uma das pessoas mais influentes deste Pa?s desde o primeiro ano do governo Lula. E n?o perdeu influ?ncia em nenhum momento. Mesmo como deputado, manteve essa influ?ncia. ? preciso saber exatamente que tipo de servi?o essa empresa de consultoria prestou. Para saber se as empresas a contrataram por conta dos servi?os que ela podia prestar ou se havia outros interesses em jogo - assinala ACM Neto.
O l?der do Democratas discorda de quem considera a oposi??o mais comedida neste caso do que em eventos anteriores.
- N?o, depende. Eu falo pelo Democratas. Estamos fazendo o que ? poss?vel fazer: convocar o ministro para vir ao Congresso, levar o assunto ao Minist?rio P?blico e pedir que tudo seja esclarecido. O que podemos fazer mais do que isso?
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